Brasil segue com obras em aeroportos, alguns em atraso, outros, devem ficar prontos para o Mundial ano que vem
Os aeroportos são uma preocupação "de todo mundo" em relação a Copa do Mundo de 2014. Com uma infraestrutura precária, que não atende bem os usuários atuais, alguns aeroportos brasileiros correm sérios riscos de terem suas obras acabadas bem depois da Copa do mundo do ano que vem.
As obras nos aeroportos brasileiros seguem rumo à copa, algumas delas atrasadas. Três aeroportos, Cumbica, em Guarulhos-SP; Viracopos, Campinas-SP; Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, foram privatizados e seguem com obras a todo vapor. Confins, em Belo Horizonte-MG e Galeão, no Rio de Janeiro, ate o fim do ano, devem ser também privatizados e o andamento de suas obras esta atrasado. No aeroporto Salgado filho, em Porto Alegre, as obras são as mais atrasadas dos 15 terminais sob intervenção para a Copa 2014. Em João Pessoa, as obras, atrasadas, correm o risco de parar. Em Fortaleza, várias queixas de atraso em obras no aeroporto e em Cuiabá, o aeroporto Marechal Rondon foi eleito o pior em uma pesquisa da Secretária de Aviação Civil da Presidência.
Aeroporto de Confins, Minas Gerais |
Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro |
Os aeroportos são uma preocupação "de todo mundo" em relação a Copa do Mundo de 2014. Com uma infraestrutura precária, que não atende bem os usuários atuais, alguns aeroportos brasileiros correm sérios riscos de terem suas obras acabadas bem depois da Copa do mundo do ano que vem.
Nos três maiores aeroportos do país, a privatização foi necessária e vem mostrando resultados pois, as obras em Cumbica, Viracopos e Juscelino Kubitschek, seguem o cronograma e devem estar prontas no tempo previsto. E foi um bom negócio para o governo, uma vez que, a privatização de Cumbica foi no valor de R$ 16 bilhões, Viracopos, quase R$ 4 bilhões e em Brasília, o aeroporto Juscelino Kubitschek foi arrematado por R$ 4,5 bilhões.
Os próximos na mira do governo são o aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, várias são as operadores internacionais de aeroportos interessadas em participar dos leilões para concessão dos dois terminais. Foram 800 demandas de interessados nas concessões, afirmou a secretaria.
As sugestões serão encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e os editais de concessão devem ser publicados no inicio de setembro. A expectativa anterior era entre maio e inicio de junho.
O governo exige que empresas com experiência em aeroportos façam parte dos consórcios, e que a operadora habilitada administre um terminal com movimento anual de pelo menos 35 milhões de passageiros. Empresas que participaram do primeiro pacote de concessão (incluindo os aeroportos de Cumbica, Viracopos e Juscelino Kubitschek) não poderão disputar Confins e Galeão. Com isso, alguns grupos poderão entrar na justiça, pedindo o direito de participar.
O aeroporto de Confins foi considerado o pior do país e o Galeão, no Rio de Janeiro, possui um Terminal 2 já pronto para receber passageiros, mas permanece fechado há 14 anos. Para muitos, a privatização destes dois terminais pode melhorar este quadro assim como vem melhorando em Cumbica, Viracopos e em Brasilia.
O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, terá um terminal de passageiros feito com estruturas modulares (chapas de aço e concreto), tudo para acelerar a construção. A estrutura ficará à esquerda do terminal principal e será destinada a receber voos fretados na Copa. Devido ao atraso na licitação, ocorrida mês passado, não haverá ligação com o terminal atual. A Infraero informou que o prazo do contrato é de 930 dias consecutivos, contados a partir da assinatura da ordem de serviço.
A previsão é de nove meses para a primeira etapa, podendo ser entregues antes da Copa do Mundo de 2014. A ampliação da pista de pouso e decolagem, retirada da lista das obras da copa em dezembro do ano passado, deve ser iniciada no começo de 2014 e concluída em julho de 2015. O projeto prevê um aumento de 920 metros do local e deve ser finalizado em setembro. O processo licitatório está previsto para outubro.
Com o término das obras, o aeroporto Salgado Filho, que atualmente opera com 13,1 milhões de passageiros ao ano, passará a operar com 18,9 milhões. Os trabalhos no aeroporto Salgado Filho estão orçados em R$ 345,8 milhões.
Em João Pessoa, na Paraíba, duas obras no aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, obras de ampliação do terminal, podem ser suspensas e o prazo estabelecido em contrato esta comprometido. A obra esta sob responsabilidade da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).
Uma obra é a ampliação do estacionamento, parada por várias divergências em relação ao projeto original e o que de fato esta sendo feito. Com custos superiores a R$ 800 mil, com o rompimento do contrato das obras de ampliação do estacionamento, a Infraero realizará nova licitação para escolha de uma outra empresa. Ao que tudo indica isto deve acontecer em breve.
Já as obras de check´in, com custo superior a R$ 650 mil, esta em ritmo reduzido de trabalho devido a atrasos na entrega da esteira de bagagens.
Em Fortaleza, no aeroporto Pinto Martins, os trabalhos já passam de um ano e apenas 19% das obras foi executado, segundo a Infraero. Com os trabalhos divididos em duas etapas, a primeira, que deveria ser entregue no final deste ano, ficou para março do ano que vem. A expectativa é que o aeroporto de Fortaleza, com a entrega das obras da primeira etapa, passe a ter 8,6 milhões de passageiros, por ano. Em 2017, data de entrega da segunda parte das obras, o aeroporto terá uma área de 133.800 m² (38.500 m² será a área depois da entrega da primeira etapa das obras) e atenderá, anualmente, aproximadamente, 11 milhões de passageiros.
As criticas mais duras foram para o estado do Mato Grosso. O Aeroporto Marechal Rondon, em Cuiabá, foi eleito, em pesquisa feita pela Secretária de Aviação Civil da Presidência da Republica, o pior aeroporto dentre os 15 terminais que deverão atender à demanda da Copa de 2014. Com obras de ampliação e reforma atrasadas, só 2,67% do projeto foi executado em três meses de trabalhos. Os dados são do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o mesmo ainda divulgou que até março, a unidade já deveria ter concluído pelo menos 13,07% do projeto. O prazo de conclusão das obras de reforma e ampliação do terminal é para o dia 8 de março de 2014, com custo total de cerca de R$ 100 milhões.
A expectativa, devido a tantos problemas é de que na Copa os aeroportos fiquem lotados. As obras seguem, algumas em dia outras não e, a proximidade para o evento Copa do Mundo, cada dia que passa fica mais preocupante. Algumas obras tem a Infraero como responsável outras são de responsabilidade do setor privado. Quem sabe se com as entregas das obras dos aeroportos, o Brasil figure entre os países com os melhores aeroportos do mundo.
Comentários
Postar um comentário