Para a Itália bastava um empate e a classificação em segunda do grupo da morte estaria garantida, mas na parte final da partida, com 10 jogadores em campo, a Itália viu o super zagueiro Godín marca de ombro e classifica o Uruguai
O grupo da morte da copa do mundo de 2014 surpreendeu a todos os amantes de futebol e marcou a copa do mundo da Fifa no Brasil como uma das melhores copas, do ponto de vista de bola rolando. Uma média de gols alta, e nem encerramos a fase de grupos ainda, quebra de records, Klose empata com Ronaldinho como maiores goleadores em copas do mundo, o goleiro colombiano, Mondragón, entra para a história das copas como o jogador mais velho a atuar em um jogo de copa do mundo, 43 anos de idade. É bom lembrar que neste mundial, pela primeira vez três campeões mundiais caíram no mesmo grupo.
O Grupo D, com Itália, Uruguai, Inglaterra, era visto de perto por quem ama futebol e a Costa Rica, quarta integrante deste forte grupo, vejam vocês, mostrou-se mais forte do que as três já campeãs mundiais. Jogando um futebol bonito, de boa marcação e jogadas de ataque bem criadas e executadas, vitimou o Uruguai, na estreia do grupo na copa do mundo de 2014. O Uruguai conhecido pelo seu jogo de forte marcação e um ataque recheado de bons jogadores, temidos de qualquer zaga neste mundial, não brilhou, não conseguiu furar a zaga costarriquenha o suficiente.
Em seguida a tetra campeã, a poderosa Squadra Azzurra. Com uma vitória contra a Inglaterra, num dos melhores jogos deste mundial, a Itália mostrava suas armas aqui no mundial. Uma defesa das melhores do mundo, um ataque forte com Balotelli como referência e Pirlo, experiente Pirlo, no meio campo comandando os italianos parecia ser a Itália também favorita a avançar na competição e brigar forte na fase de mata-matas.
Mas ficou só na teoria. A Itália pouco conseguiu diante da Costa Rica que mais uma vez dominou o adversário, mostrou precisão e poderia ter marcado o gol de pênalti, não marcado pela arbitragem do jogo, porém, logo em seguida marcou um belo gol e venceu o jogo.
Ontem, no jogo dos campões, onde somente um passaria para a fase de mata-matas, a Itália, sem Balotelli no segundo tempo e com um a menos, Marchisio expulso no começo da segunda etapa, e com Immobile cansado de tanto tentar, viu Godín, zagueiro uruguaio que vem marcando gols decisivos, marcar após escanteio na área italiana, e garantir o Uruguai nas oitavas.
Após o jogo o técnico Cesare Prandelli, a um mês de renovar seu contrato no comando da seleção italiana até o fim da Eurocopa de 2016, pediu demissão: "Eu conversei com o presidente da federação e (o coordenador técnico) Demétrio Albertini e entreguei a minha demissão. O planejamento técnico não funcionou e eu assumo toda a responsabilidade por isso. Alguma coisa mudou desde que o meu contrato foi renovado. Eu não sei por que. Escolhi um determinado plano técnico e é por isso que eu estou renunciando, porque ele não funcionou. Minha renúncia é irrevogável", avisou Prandelli.
Quem também deve sair é Giancarlo Abete, dirigente da Federação Italiana de Futebol desde 2007, que também anunciou sua renuncia. "Gostaria de anunciar a minha renúncia. Quando voltarmos à Itália, vou convocar uma reunião com a federação e espero que Prandelli retire sua renúncia. Eu já havia tomado a minha decisão antes da Copa do Mundo", disse Abete.
Com isso, três grandes seleções europeias, acrescentando a também eliminada Espanha, ficaram ainda na fase de grupos, na Copa que está mais para Americana do que Mundial. Já confirmados para as oitavas de final dois confrontos sulamericanos: Brasil x Chile, Uruguai X Colômbia. Para as eliminadas fica o pensamento de renovação já que todas as três tem jogadores chave do time com idade avançada e poucos novos jogadores para sucedê-los.
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