Eram 33 assinaturas mas nove senadores retiraram seu apoio e tentativa de uma CPI da CBF é arquivada novamente
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Clésio Andrade (PMDB-MG)
Ivo Cassol (PP-RO)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
Lobão Filho (PMDB-MA)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Paulo Davim (PV-RN)
Wilder Morais (DEM-GO)
A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria a CBF, as federações estaduais de futebol e os gastos com a Copa do Mundo de 2014, pela segunda vez, não vai adiante. Na ultima terça-feira, o senado arquivou o pedido alegando falta de apoio.
O pedido foi feito pelo senador Mário Couto (PSDB-PA) e contava com 33 assinaturas mas a maioria dos congressistas retiram seus nomes e impediram a instituição da tão aguarda CPI.
O senador Mário Couto criticou seus colegas e teve uma discussão acalorada com o senador Zezé Perrella (PDT-MG). Perrella já foi presidente do Cruzeiro e foi apontado por Mario Couto com um dos responsáveis pela desarticulação do projeto no Senado.
Além de Perrella, a ministra de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff, Ideli Salvatti (PT-SC), o cartola Weber Magalhães, que também é técnico legislativo do Senado e vice-presidente da CBF para a região Centro-Oeste, também são apontados pelo senador Mário Couto como os responsáveis pelo arquivamento da CPI.
Weber Magalhães tem muita força na CBF. Ele chegou a ser especulado como o sucessor do ex-presidente Ricardo Teixeira, - que também é alvo de várias suspeitas a respeito de sua conduta frente a CBF -, e esteve com Teixeira na chefia da delegação da seleção brasileira na Copa de 2002.
"Houve trabalho do Governo [Federal] contra. A Ideli Salvatti, mais um senador e um dos vice-presidentes da CBF estavam aqui [em Brasilia] fazendo convocação para retirarem assinaturas. Foi por isso que ficou inviabilizado", declarou o senador Mário Couto ao ESPN.com.br.
Mario Couto já havia conseguido 33 assinaturas, quando 27 eram necessárias (um terço do total de parlamentares da Casa, que é de 81 senadores) mas, nove senadores retiram suas rubricas do requerimento na última terça. Os senadores teriam retirado seu apoio diante da referida CPI por causa da influência de Salvatti, Perrella e Magalhães.
"Isso tudo é por conta dela, da [presidente] Dilma. Ela proibiu os senadores e deputados de fiscalizarem as obras da Copa. E nós queríamos fazer esta CPI para investigar tudo, a CBF, as federações, que eu sei que tem muita coisa errada, e a relação entre elas", acrescentou o senador Mario Couto.
As 27 federações formam a maior parte do colégio eleitoral da CBF, que terá eleição para a escolha de seu novo presidente em abril de 2014. Também votam um representante de cada
um dos 20 clubes que estarão na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Veja, abaixo, os senadores que voltaram atrás e retiraram suas assinaturas:
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Clésio Andrade (PMDB-MG)
Ivo Cassol (PP-RO)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
Lobão Filho (PMDB-MA)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Paulo Davim (PV-RN)
Wilder Morais (DEM-GO)
Em julho, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) havia proposto uma CPI mista, composta de senadores e deputados, para investigar os gastos públicos com o Mundial de 2014, mas também não teve apoio necessário para levá-lo à discussão no Congresso.
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