Laudo solicitado pela empresa dona do guindaste apontou que o solo cedeu. A Odebrecht nega hipótese
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concluiu laudo, feito a mando da empresa Liebherr, construtora do guindaste, que aponta como causa do acidente, que vitimou dois operários, o afundamento do solo que sustentava a máquina. Com o acidente, a peça, avaliada em R$ 40 milhões, teve perda total e virou sucata.
A construtora Odebrecht, responsável pelas obras na Arena Corinthians, na ocasião do acidente, declarou que o guindaste estava fixado sobre uma base de brita com chapas de aço, de acordo com o procedimento padrão, descartando uma relação entre o peso da máquina e o afundamento do local. Porém, o laudo apresentado pela UFRJ aponta que a medida de firmeza do terreno onde estava a máquina era de 13%, muito abaixo do esperado,
que é de pelo menos 80%.
O laudo concluiu também que a proteção feita com brita não era adequada para a peça que ergue até 1.500 toneladas. Mesmo assim, hipóteses como falha humana ou do próprio aparelho ainda não foram descartadas oficialmente.
A Odebrecht, no entanto, voltou a negar que o solo tenha cedido ao peso do guindaste. Sem ter acesso ao laudo pedido pela Liebherr, a construtora preferiu não comentar as conclusões do documento preliminar.
Comentários
Postar um comentário